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Capela das Malheiras entra em obras em junho num investimento de 50 mil euros

Rádio Alto Minho

08 Maio 2017, 16:25

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A capela das Malheiras, construída em 1758 e com fachada da autoria de Nicolau Nasoni, vai ser recuperada a partir de junho  num investimento de cerca de 50 mil euros numa parceira entre a Câmara de Viana do Castelo e os proprietários.

“O apoio do município à reabilitação da capela das Malheiras é de 36 mil euros mas a recuperação vai custar mais, cerca de 50 mil euros, será assegurada pela família que detém o imóvel”, afirmou o presidente da Câmara Municipal, José Maria Costa.

O autarca socialista, que falava após a assinatura do protocolo de colaboração, entre aquela autarquia e os proprietários, para a requalificação da capela das Malheiras explicou que a intervenção se integra no programa “Valorizar o Património”, apresentado em março, com uma dotação de 300 mil euros a aplicar, até setembro, em oito igrejas, capelas e cruzeiros do concelho.

O imóvel de interesse público, considerado “um dos melhores exemplares da arquitetura barroca portuguesa, integra um palacete, mandado executar por Gaspar Malheiro Reymão em 1753”.

A capela, mandada construir por Dom António do Desterro, à época Bispo do Rio de Janeiro (Brasil), que a colocou sob proteção de São Francisco de Paula, possui retábulo em talha policromada, classificado pelos especialistas como “um dos melhores exemplares de talha minhota em estilo rococó”.

Aquela capela é uma das igrejas da cidade que abre portas na Páscoa para cumprir uma tradição do concelho.

Aquela visita às igrejas e capelas da cidade está integrada na programação da Semana Santa. Por tradição, deve-se visitar um número ímpar de templos, uma vez que os principais quadros religiosos alusivos à Páscoa também são compostos por números ímpares, como as três quedas de Cristo a caminho do Calvário e as cinco chagas de Cristo.

O autarca José Maria Costa referiu que apesar ser “uma casa privada é um património muito importante e um símbolo da cidade pelo qual os vianenses têm grande carinho”.

Disse que a intervenção agora anunciada “era urgente” e que as negociações para a sua realização se vinham desenvolvendo “há cerca de um ano” face à intenção, manifestada pela família, de preservar aquele património.

De acordo com o protocolo hoje assinado, em contrapartida pelo apoio financeiro do município, os proprietários do imóvel cedem a capela à autarquia, “durante cinco momentos no ano, para a realização de atividades culturais”, como concertos e apresentação de livros, entre outros eventos.

Conhecida por Casa da Praça, Casa Malheiro Reimão ou Casa da Capela das Malheiras (por alusão à capela da família proprietária – os Malheiro Reymão), em pleno centro histórico de Viana do Castelo, é um dos mais belos exemplares da arquitetura barroca portuguesa.

Um dos proprietários, Manuel Malheiro Reymão, revelou que as obras “começam no início de junho e a perspetiva é de três meses de obra”, admitindo a possibilidade de abertura do templo ao público, em agosto, durante as festas da Senhora da d’Agonia, apesar de a intervenção não estar concluída nessa altura.

“Temos mais 400 pessoas por dia a visitar a capela. Agora, com o apoio da Câmara, esse número ainda via ser maior. É com muito gosto que o abrimos à cidade”, referiu Manuel Malheiro Reymão.

O proprietário adiantou que a intervenção vai resolver problemas de “humidade existente nas paredes, teto, iluminação”, sendo que o altar vai apenas ser alvo de limpeza “por se encontrar em muito bom estado”.

Além da “qualificação de espaços de valor arquitetónico, histórico e artístico relevante para o território” o programa “Valorizar o Património”, lançado pela Câmara, pretende ainda “dinamizar o potencial cultural destes espaços enquanto locais privilegiados de fruição cultural e promover e valorizar os espaços referidos enquanto locais de visitação e atratividade turística”.

As obras serão acompanhadas pelo departamento de arqueologia da autarquia, supervisionadas pela Direção Regional de Cultura do Norte.

Os oito espaços que vão ser alvo de intervenção ao abrigo daquele programa foram identificados pela autarquia por apresentarem “condições de risco ou desadequadas, designadamente risco de colapso físico, acesso e circuito condicionados, obras de arte em avançado estado de deterioração, ausência de conteúdos e sinalética”.

 

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