Carlos Meira faz agradecimento público após intervenção no congresso do CDS-PP
12 Março 2018, 13:43
O ex-presidente da concelhia do CDS-PP de Viana do Castelo e candidato à Câmara da capital do Alto Minho nas eleições autárquicas de 2013 agradeceu, hoje, na sua página no Facebook as “centenas de mensagens e telefonemas” que recebeu após a intervenção que proferiu, no sábado, no congresso do partido em Lamego.
“Não tinha noção da repercussão que teve a minha intervenção no congresso do meu partido”, admite Carlos Meira, adiantando que não a fez “para obter qualquer tipo de protagonismo ou visibilidade”.
“Não é, ao contrário do que parece, uma intervenção contra a Assunção, pessoa que apoiei e respeito desde a primeira hora, inclusivamente quando muitos dos que agora a bajulam e batem palmas estavam contra ela”, afirma o jovem de 33 anos no texto que hoje publicou naquela rede social.
Carlos Meira reforça que foi “uma intervenção de revolta contra alguns oportunistas, bajuladores que desconsideraram e desconsideram Viana do Castelo”.
“Graças a Deus não vivo da política, nem nunca viverei, mas há uma coisa que vos garanto estarei sempre na política na defesa intransigente da minha terra Viana do Castelo e nunca e momento algum me afastarei dos meus princípios e dos meus valores. Obrigado a todos…e viva VIANA DO CASTELO”, remata.
No sábado, em Lamego , durante o congresso do CDS-PP, Carlos Meira deu voz aos descontentes no partido.
“Estavam à espera de um congresso perfeito mas já não vai ser”, disse o neto de um ex-deputado do Estado Novo.
Num discurso violento e de dedo em riste virado a Assunção Cristas, Carlos Meira acusou-a de “falta de respeito” pelo Alto Minho.
“Não lhe devo nada”, disse Carlos Meira a Cristas, acusando-a de, nos últimos dois anos, ter passado “30 a 40 minutos” em Viana do Castelo “e por favor”.
“Sei que vai levar a mal o que lhe vou dizer mas digo-lhe olhos nos olhos porque não tenho medo. Não vivo disto graças a Deus. Respeite mais o nosso distrito”, apelou.
“Há uma coisa que os nossos deputados e nossos dirigentes tem de perceber: o partido não é deles. O partido é nosso. É das bases. E as pessoas, hoje estão com medo de dizer o que se passa nas concelhias e nas distritais, afirmou, num discurso de pouco mais de três minutos, marcado pelo descontentamento.
Carlos Meira não poupou críticas ao líder da distrital CDS-PP de Viana do Castelo, Vítor Mendes.
“Eu não tenho medo de dizer o que se passa na minha terra. Temos um presidente da distrital que é o senhor Vítor Mendes que é presidente da Câmara de Ponte de Lima que saiu às já tinha os seus nomes no concelho nacional. É este o respeito que esta gente tem pelo CDS-PP. Daniel Campelo disse-me esta semana. O meu maior arrependimento foi ter colocado Vítor Mendes como presidente da Câmara de Ponte de Lima. Não tem medo de o dizer”, afirmou Carlos Meira.
Foto: Nuno André Ferreira – Lusa retirada do site da RTP