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Procissão ao Mar : Bispo de Viana apela a Marcelo para liderar “campanha nacional” contra fogos

Rádio Alto Minho

20 Agosto 2017, 17:06

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Partindo de um texto bíblico sobre uma tempestade no mar em que Jesus aparece aos discípulos assustados e acalma o mar, o bispo de Viana do Castelo apelou hoje ao Presidente da República para “liderar a mobilização de toda a nação” numa “causa nacional” contra os incêndios florestais, por considerar que o que tem sido feito “não chega”.

“É urgente a mobilização de todas as pessoas, sem exceção, e a começar pelos seus maiores responsáveis: O senhor Presidente da República que, além da posição única que ocupa, tem um jeito peculiar e um prestígio suficientemente reconhecido, até para liderar a mobilização de toda a Nação nesta causa nacional. Faça-o, senhor Presidente. Por favor”, apelou Anacleto Oliveira no cais de Viana do Castelo no discurso que antecedeu o início da procissão ao mar e ao rio em honra de Nossa Senhora da Agonia, padroeira dos pescadores.

Anacleto Oliveira, que falava perante milhares de pessoas que se concentraram no cais de Viana  disse que aquela “causa nacional” deve envolver “todos os governantes, nacionais e locais, com os meios que só eles podem administrar”.

“Usem-nos bem, senhores governantes, como servidores, não de de si próprios, mas do país. Por favor”, desafiou, acrescentando a mobilização deve abranger “todos os que trabalham na salvaguarda da paz, na aplicação da justiça, no serviço do ensino e da educação”.

“Nada há de mais poderoso e eficaz que um povo inteiro unido pela mesma causa, no comum modo de viver e pensar, numa mesma cultura”, frisou, defendendo que “chegou a hora” do país “gritar bem alto, basta de fogos florestais”.

“Basta, senhor Presidente da República. Basta, senhor primeiro-ministro e restantes membros do governo. Basta, senhores deputados, oficiais e praças das forças armadas e policiais, juízes e outros responsáveis pela justiça neste país, autarcas de Portugal inteiro, bispos e padres e responsáveis de outras religiões, todos os cidadãos deste país. Basta, de vez, com tantos fogos a queimar a nossa querida Nação”,

Anacleto Oliveira disse o país não pode “resignar-se como se de uma fatalidade se tratasse” e exortou a uma “mudança de mentalidades”, que “forme e promova uma cultura anti-incêndios”.

“Um mentalidade e uma cultura que, pelas proporções que venha a atingir e pelo domínio que venha e exercer sobre todos, eliminará, certamente e pela raiz, a mínima tentação de provocar mais incêndios”, reforçou.

Para o bispo de Viana do Castelo o que tem sido feito para acabar com os fogos “não chega” porque  “país está a arder, há semanas, há meses, há anos” numa “calamidade de proporções cada vez mais alarmantes”.

“Obrigado, senhor Presidente da República, por tudo o que já tem feito, com a sua presença imediata e amiga nos lugares dos sinistros e com o conforto e a coragem que tão afetuosamente tem transmitido às pessoas atingidas. Mas não chega. O país continua a arder, disse.

“Obrigado, senhor primeiro-ministro e outros governantes, pela exigência nos inquéritos mandados instaurar para detetar as causas dos incêndios e do mau funcionamento dos meios para os combater, e ainda pelos contributos financeiros e outros, entregues ou prometidos às populações atingidas. Mas não chega. O país continua a arder”, acrescentou.

Agradeceu ainda “às corporações de bombeiros, das forças armadas e da proteção civil, aos juízes e outros promotores da justiça, aos trabalhadores da comunicação social, ao bom povo português, residente no país e fora dele”.

“Não chega. O mal já está feito e o País continua a arder”, sublinhou, lembrando que este ano “já ardeu mais do dobro da área ardida no ano passado, sem falar das pessoas mortas e das casas e outros bens destruídos”.

No dia que a capital do Alto Minho dedica à Nossa Senhora da Agonia, o bispo pediu “perdão” à padroeira dos pescadores.

“Peço perdão, se falei alto de mais e sobretudo se alguém se sentiu ofendido com o que disse. Disse-o a pensar em ti. Porque sei que és Mãe. E toda a boa mãe, de quando em vez, precisa de dar um murro na mesa e gritar mais alto – pelo bem que tanto quer aos filhos”, afirmou, apelando aos presentes para transmitirem a mensagem.

“É a tua mensagem Mãe, nesta Romaria de 2017. Se a não cumprirmos e divulgarmos, será em vão que aqui viemos, não passará de uma farsa a devoção que nos prende a ti. Que ninguém se cale. Quem cala consente. Calar-se é colaborar no mal que está a destruir a nossa querida nação”, concluiu.

 

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