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Crónica de Opinião: PENSO, LOGO FAÇO TURISMO – MINHO – Destino Turístico de Excelência

Antero Filgueiras

06 Setembro 2021, 9:00

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Enquanto não houver qualquer outra sustentada evidência em contrário, por exclusivo imperativo de consciência e lucidez, nunca me cansarei de repetir até á exaustão que o turismo é hoje (apesar do contratempo pandémico) a maior indústria de serviços a nível mundial e talvez a única que apresenta maior e inequívoco potencial de crescimento. Face aos duros tempos que ora vivemos, mas também por causa deles, impõe-se por isso, explorar esta oportunidade e transformar o MINHO num destino turístico e residencial de excelência, apostando nas mais óbvias exigências do futuro: verde, digital, seguro, saudável.

É por demais sabido que o MINHO goza de uma localização geográfica e de um clima privilegiados e, também por isso – mas não só – dispõe dos ingredientes necessários e de primeira linha para se transformar num dos destinos turísticos de excelência da Península Ibérica. Para tal tem que definitivamente perceber a sua natureza, a sua alma e libertar-se para se erguer, de acordo com aquilo que é e não de acordo com aquilo que uns quantos oportunistas “sabões” querem que seja. Terá de buscar a sua especialização naquilo que é realmente forte e competente e deixar de suspirar por ser algo parecido com outros destinos, que a alteração das condições climáticas estão irremediavelmente a condenar ao fracasso insustentável. O MINHO obrigatoriamente deverá ser distinto e diferente, mesmo competindo com destinos que têm ofertas similares.

Mas vamos aquilo que mais importa. Quais deverão ser afinal os grandes objectivos a perseguir?

Em primeiro lugar os municípios do Minho deverão organizar-se em torno de uma entidade – agência – sua e apenas sua, que tenha como missão o desenvolvimento, a qualificação, a capacitação e a promoção do turismo do (e no) Minho; dotados dessa entidade os municípios estarão em condições óptimas de concorrer directamente para o aumento considerável dos rendimentos a gerar pela Economia do Turismo, por via de uma organização em rede; haverá lugar a um substancial aumento médio da receita nas despesas realizadas por turista; o Minho beneficiará de uma maior redução dos efeitos da sazonalidade; haverá lugar a uma maximização das energias e um melhor aproveitamento das diferentes sinergias na mesma região; buscar mais e mais afirmação da imagem e marca MINHO, que manhosos interesses têm tentado “assassinar”, com a silenciosa conivência e colaboração de actores locais; promover a articulação de acções de promoção – traduzidas em acções de marketing territorial e marketing turístico -buscando maior posicionamento e aperfeiçoamento pelo lado da oferta; levar os municípios ao diálogo permanente visando estabelecer prioridades de desenvolvimento turístico do MINHO, com um calendário de medidas bem definidas e capazes de beneficiar todo o território; gerar novas parcerias nacionais e internacionais e valorizar tudo o que já existe e que tem elevado potencial; colocar a marca MINHO no lugar que legitimamente lhe cabe, aumentando a sua visibilidade e competitividade, seja no plano nacional, seja no plano internacional, com óbvio destaque para os mercados europeus e Brasil.

Vencida a crise pandémica é mais do que chegado o tempo de unir os municípios do MINHO em torno de um desígnio comum e posicionar o MINHO como uma região turística de excelência, capaz de seduzir a clientela mais sofisticada e exigente. Para isso, a região – seus municípios – terá que definitivamente perceber da urgente e inadiável necessidadede juntas e unidas, criarem as condições para o lançamento de um processo de desenvolvimento sustentado e sustentável, que deverá ter como pilares orientadores a qualificação, a excelência, a inovação, a competitividade da oferta turística e no posicionamento da economia do turismo, enquanto alavanca preponderante para uma maior diversificação da economia regional.

Em concreto o MINHO terá de lutar por aquilo que é legitimamente seu por direito próprio e afirmar-se face às “forças sugadoras”, lideradas pelo Porto e seus aliados, que sonham ter um lugarzinho na mesa do poder nortenho (nem que seja onde quase sempre têm estado – debaixo da mesa). Esse combate deverá ser feito assente em objectivos estratégicos muito claro e que se deverão traduzir num solidário Plano de Desenvolvimento e Acção para o Turismo do Minho. Para tal desiderato o MINHO terá que elaborar a sua Carta Magna de Turismo, onde estarão vertidas todas as boas práticas a adoptar pelos Municípios, assim como aquilo que deverão ser as grandes opções e objectivos estratégicos para toda a região, passando-se de imediato à fase seguinte: arquitectura do Plano de Desenvolvimento e Acção para o Turismo do Minho. Nesse Plano terão de estar contidas ambiciosas metas bem definidas, apostadas em buscar sempre mais e mais qualidade e nunca propósitos de quantidade estéril, não geradoras de assinalável valor acrescentado.

Em síntese e de forma muito objectiva: fazer do MINHO um destino turístico de excelência, através de um processo de diálogo contínuo e construtivo dos municípios à mesa da sua entidade regional de turismo (a ATURMINHO já está criada e pronta para ser liderada pelos municípios), visando o estabelecimento de parcerias público-privadas e privadas públicas, na perseguição de um objectivo da maior importância: desenvolvimento e promoção de um turismo de qualidade e sustentável no MINHO.

Para tal, há que despir os fatos do preconceito, da desconfiança, do paroquialismo e trabalhar com afinco e lealdade em favor do MINHO – terra onde Portugal nasceu e onde Portugal se fez nação independente – com algo de muito relevante e ambicioso em mente: qualificar as redes e os sistemas de serviços públicos de suporte à actividade da Economia do Turismo em geral (um bom passo nesse sentido foi, em meu modesto entendimento, a criação das Águas do Alto-Minho e outros exemplos se deverão seguir); Promover as condições favoráveis para o surgimento de excelentes projectos de iniciativa empresarial, vocacionados para a qualificação e dinamização da oferta turística integrada do MINHO; qualificar, formar, capacitar e promover os recursos humanos endógenos, assim como atrair jovens, nacionais, europeus e americanos de elevado potencial empreendedor; seguir o caminho iniciado pela ATURMINHO no sentido de afirmar, consolidar e valorizar a marca e a imagem turística do MINHO, assim como produzir, realizar e promover acções de animação turística, que sejam transversais a toda a região e não meras “festas de bairro”; criar e reforçar a autoridade institucional – alojando-a numa agência regional de turismo do MINHO – e promover a cooperação e solidariedade entre todas as partes envolvidas e que contribuem activamente para a Economia do Turismo do MINHO.

Se este caminho não for percorrido, assistiremos a mais do mesmo ou ainda pior com factos muito negativos; mas o pior de tudo será ver o MINHO, enquanto região de elevado potencial e com marca própria, a definhar e morrer numa qualquer gaveta, vítima dos arranjos políticos de Lisboa, ao sabor do “triunvirato” liderado por madeirenses e depois operacionalizados no Porto, pelos fiéis vassalos dos aparelhos partidários, que se servem do Turismo para fazer a sua “dolce fare niente”, enquanto se vão movimentando entre Feiras de Vinhos e similares, onde distribuem uns “santinhos” sorrisos, beijinhos, abracinhos…..e muitas mentiras, destinadas a garantir a sua egocêntrica sobrevivência, causa primeira da decadência nacional.

ANTERO FILGUEIRAS

*O autor do artigo escreve de acordo com a antiga ortografia

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