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Descobertos 22 novos sítios no Norte de Portugal e na Galiza que comprovam presença militar romana

Rádio Alto Minho

21 Outubro 2019, 19:10

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Investigadores portugueses e galegos recolheram, pela "primeira vez", evidência arqueológica que comprova a presença militar romana em 22 novos sítios no Norte de Portugal e na Galiza, correspondendo a maioria dos locais a “acampamentos militares” nos dois territórios vizinhos.

A descoberta foi feita pelo grupo científico Romanarmy.eu e o estudo foi  publicado na revista científica “Mediterranean Archaeology and Archaeometry”.

“A análise de 22 novos sítios arqueológicos arqueológicos provoca uma transformação radical da visão da conquista romana do Noroeste Peninsular. O uso de diversas técnicas arqueológicas e recursos digitais revelou uma grande diversidade de contingentes militares, missões e tempos de operação do exército romano, até agora desconhecidas. Entre os novos achados, destacam-se os acampamentos que podem ter acomodado verdadeiros corpos de exército de até 14.000 homens entre os rios Lima e Minho”, destaca o grupo de investigadores numa nota enviada à imprensa.

Segundo os investigadores, “até à data simplesmente existia  informação sobre a presença dos militares romanos nestes territórios pelas fontes escritas”, sendo que a descoberta destes 25 novos locais só foi possível através de tecnologias de informação geográfica, como fotografias aéreas, imagens de satélite e sistemas de localização.

Os investigadores identificaram por isso cinco tipologias de locais, tais como pequenos recintos, que albergavam entre 100 a 1.500 militares, acampamentos de tamanho médio que hospedavam dois a quatro mil soldados, grandes acampamentos, recintos que excedem os 20 hectares e fortificações estacionais de pequeno tamanho.

Entre os novos locais, destacam-se quatro recintos em território nacional: a Lomba do Mouro, em Melgaço, o Alto da Pedrada, em Arcos de Valdevez, o Alto da Cerca, em Valpaços, e outro local em Vila Nova de Cerveira que, atualmente, é um parque industrial.

“A Lomba do Mouro e o Alto da Pedrada estão muito bem conservados por estarem dentro da área do Parque Nacional da Peneda-Gerês e por não terem tido grande impacto antrópico”, salientou um dos investigador, José Fonte.

O local encontrado na Lomba do Mouro, que tem cerca de 25 hectares, poderá ter albergado “um verdadeiro corpo de exército”, 10 mil a 15 mil soldados, durante o século II e I a.C. (antes de Cristo), nomeadamente durante a época romana “tardo-republicana”.

Quanto ao recinto encontrado no Alto da Pedrada, que tem um hectare,  poderá ter acolhido “cerca de mil soldados” durante o final do século I a.C.

“Podemos ter aqui dois momentos históricos diferentes, apesar dos dois locais terem um caráter claramente temporário porque, além da muralha, não parecem existir estruturas permanentes no interior e estão em zonas de montanha, onde a passagem era muito difícil, assim como o inverno”, garantiu José Fonte.

Apesar das evidências arqueológicas encontradas, a equipa de investigadores pretende agora “trabalhar esses locais”, uma vez que é ainda necessário “saber quais os momentos históricos a que se referem, e contextualizá-los”.

“Precisamos de datar e caracterizar estes locais (…) já estamos a contactar as autarquias de Melgaço e de Arcos de Valdevez, porque o nosso objetivo para o próximo ano é trabalhar estes dois locais”, referiu.

O objetivo da equipa passa por, durante a primavera e verão do próximo ano, arrancar com a primeira campanha nos diferentes locais para “validar o caráter e cronologia” dos mesmos.

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