Guerra contra o plástico ‘reforçada’ com 900 alunos do Alto Minho

Mais de 900 alunos de concelhos do Alto Minho aceitaram o desafio do grupo de teatro Krisálida e vão participar na ‘guerrilha antiplástico’ com trabalhos como esculturas ou peças de roupa preparadas com plástico.

Em comunicado, a companhia adiantou que neste projeto, que envolve, nas várias categorias, alunos do pré-escolar ao ensino superior, já se inscreveram nos últimos dias 36 turmas de 10 escolas de Caminha, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Viana do Castelo, sendo que o prazo de inscrição foi alargado e só termina a 22 de fevereiro.

Todos os trabalhos preparados pelos mais de 900 alunos envolvidos devem estar concluídos até ao dia 05 de abril e vão dar origem a uma exposição itinerante que passará por todos os concelhos do Alto Minho no final deste ano letivo e no próximo também.

“Esta adesão das escolas e dos alunos, em tão pouco tempo, foi surpreendente e demonstra a sensibilidade que começa a existir para este tema e para a necessidade de fazermos algo, de mudarmos alguma coisa, antes que seja tarde”, explica Carla Magalhães, diretora artística da Krisálida, assumindo que este é um papel social que a companhia não pretende descartar.

O pacote educacional “Eu sei! Eu Sinto! Eu Atuo!” é uma das componentes do projeto OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS, que está a ser desenvolvido pelo grupo de teatro Krisálida, com sede em Caminha, que, com pouco mais de quatro anos de atividade recebeu um apoio da DireçãoGeral das Artes para ‘utilizar’ o palco, e não só, para abordar um dos maiores problemas da humanidade, prometendo uma ‘guerrilha antiplástico’.
“A cada dia que passa envolvemos cada vez mais pessoas, mais agentes de educação, mais jovens e mais crianças neste projeto e sabemos que precisamos de várias gerações para ultrapassar as consequências do uso que hoje estamos a dar aos plásticos. Este é o nosso contributo”, sublinhou ainda a responsável pela companhia de teatro.

Este pacote educacional, uma das várias acções da Krisálida neste âmbito e que se junta, entre outros à confeção de marionetas através de plástico recolhido nas praias da região, pretende informar e sensibilizar professores, alunos e população em geral para agirem no combate ao lixo na costa do Alto Minho. Envolve debates, criação de vídeos, de objetos artísticos e exposições, tudo a partir do tema plástico.

Carla Magalhães explica que se pretende que este pacote de medidas sirva para tornar o plano da companhia “viral”, no sentido em que todos alunos, pais ou professores podem contribuir para uma mudança de atitudes, criando os seus próprios desafios ambientais.
O desafio às escolas e aos alunos consiste na criação de objetos artísticos a partir de plástico, para promover a reciclagem destes materiais, bem como a elaboração de cartazes de sensibilização.

No caso das escolas do segundo e terceiro ciclos do Ensino Básico e secundárias é acrescentado o desafio de os alunos desenvolverem uma reportagem fotográfica sobre a temática da poluição do oceano com plásticos, além de vídeos sobre o tema.
Aos alunos das escolas superiores do distrito, o repto é reforçado com o objetivo da criação, também, de obras de arte com recurso a plástico recolhido nas águas da região.

Aos alunos das escolas superiores do distrito, o repto é reforçado com o objetivo da criação, também, de obras de arte com recurso a plástico recolhido nas águas da região.