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Impasse na Confraria deixa Santa Luzia sem festa de 13 de dezembro

Rádio Alto Minho

12 Dezembro 2018, 12:16

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O impasse diretivo na Confraria de Santa Luzia impediu, este ano, a festa em honra da Santa dos olhos que se comemora no dia 13 de dezembro. O dia da padroeira dos oftalmologistas e daqueles que têm problemas de visão vai ser assinalado, apenas com uma Eucaristia "simbólica", marcada para as 16:00 desta quinta-feira.

“É uma situação que nos entristece muito. É uma tradição que retomamos há quatro anos, mas que, nesta fase, não sentimos legitimidade para realizar. Trata-se de um investimento que ainda é significativo e que, face à atual situação, não consideramos ser fundamental”, afirmou Pedro Reis, o presidente demissionário da Confraria que gere o templo-monumento.

A semana passada, a direção demissionária invocou aquele impasse para justificar a ausência de iluminação de Natal no templo de Santa Luzia, primeira vez nos últimos cinco anos.

Na altura, contactado pela Rádio Alto Minho, o bispo da Diocese de Viana do Castelo, disse que ainda não aceitou o pedido de demissão que lhe foi apresentado, em setembro, pela direção da Confraria de Santa Luzia.

Anacleto Oliveira adiantou não ter ainda “tomado uma decisão” sobre aquele pedido de demissão que “ainda está a ser analisado”, escusando-se, por esse motivo, a apontar uma data para a realização de novas eleições.

Hoje, em declarações à Rádio Alto Minho, o engenheiro civil de 40 anos, explicou que a decisão é “irreversível” e que além da iluminação do templo o impasse diretivo vai deixar a Santa Visão sem a festa que tinha sido retomada há quatro anos.

“Nos últimos quatro anos o Dia de Santa Luzia, sempre assinalado a 13 de dezembro, tem sido comemorado com uma festa de três dias”, mas, este ano a data será “simbolicamente” assinalada com uma missa.

“A festa tinha adquirido algum significado. Decorria entre sexta-feira e domingo, com várias iniciativas, entre elas um concerto, uma feira e atuação de ranchos folclóricos”, especificou.

Pedro Reis adiantou que aquela festa representa um “investimento significativo” que a direção demissionária “não tem legitimidade para realizar e que considera não ser fundamental, nesta fase, apesar da boa saúde financeira da confraria”.

O responsável garantiu que “a demissão é irreversível” escusando-se a explicou as razões que considerou serem do “foro interno”.

“À luz dos estatutos da Confraria a direção demissionária tem de garantir os atos de gestão que assegurem o normal funcionamento dos serviços e é isso que estamos a fazer. Temos assegurado, escrupulosamente, todas as responsabilidades da confraria quer seja com os funcionários, quer com entidades que nos prestam serviços. Não há um cêntimo que seja por pagar”.

Já quanto a decisões futuras, como o Plano de Atividades e Orçamento para 2019, disse serem “decisões de vulto que competem à futura direção”.

“Esta direção não ira, sequer, apresentar qualquer proposta”, destacou.

Segundo reza a lenda da criação da devoção a Santa Luzia, uma jovem italiana, de nome Luzia de Siracusa, venerada pelos católicos, sofreu perseguições por ser cristã, mas preferiu que lhe arrancassem os olhos a renegar a fé em Cristo.

Nascida em uma família rica e cristã, na cidade de Siracusa – Itália, no ano de 283, Santa Luzia era considerada como uma das jovens mais belas do local. Aos cinco anos perdeu o pai e cresceu sob os cuidados da mãe, que sofria de graves hemorragias.

Certo dia, ao peregrinar na cidade de Catânia, Luzia e a mãe acompanharam o Evangelho pregado durante a Missa, o qual falava sobre a cura da mulher que padecia de hemorragias. A jovem, então, pediu ao Senhor que a mãe ficasse curada e foi rezar junto à Santa Águeda. No mesmo instante, a cura aconteceu.

Ao chegarem a casa onde moravam, Luzia e a mãe começaram a distribuir todos os bens aos pobres. Percebendo que Luzia era cristã, um jovem que vivia no local denunciou-a ao prefeito de Siracusa, que a enviou ao Imperador Diocleciano. Como Luzia se mostrou firme diante da fé que carregava, acabou sofrendo inúmeras crueldades.

Vendo que não seria possível convertê-la, Diocleciano mandou jogá-la numa casa de prostituição, mas ninguém conseguia tirar Luzia do local onde ela se encontrava, os pés ficaram firmes no chão. Em seguida, tentaram queimá-la viva, mas as chamas nada fizeram contra ela.

Por fim, os soldados arrancaram-lhe os olhos e os entregou em um prato à jovem. No mesmo instante, na face de Luzia, brotaram outros olhos. Vendo que nada a fazia renegar a fé em Jesus Cristo, mandaram degolar a menina.

Era 13 de dezembro de 304. A partir deste dia teve início a devoção à Santa Luzia, primeiro na Itália e depois por toda a Europa. Atualmente ela é conhecida como a “Santa da Visão”.

 

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