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Romaria de São João Batista, na Serra d’Arga, alerta peregrinos para a proteção ambiental

Rádio Alto Minho

23 Agosto 2019, 13:46

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A proteção ambiental é este ano o tema que marca a romaria em honra de São João Batista, na serra d'Arga. Duzentos sobreiros vão ser benzidos nas missas da romaria de Caminha para alertar milhares de peregrinos que, na noite de 28 para 29 de agosto, vão subir ao mosteiro que lhe foi erguido no alto da serra .

No início de cada celebração eucarística decorrerá a bênção dos sobreiros que cada peregrino poderá levar para casa.

“Será uma espécie de compromisso que cada peregrino assumirá para fazer o que estiver ao seu alcance pela proteção ambiental”, explicou o padre Paulo Emanuel Dias.

O pároco adiantou que a escolha da proteção ambiental como tema da edição 2019 da romaria secular “vem ao encontro, entre outras, das preocupações das populações locais com a ameaça da prospeção de lítio na serra d’Arga, dos incêndios, em particular os que estão a afetar a Amazónia, região que marcará o sínodo de bispos que o papa Francisco convocou para outubro, no Vaticano”.

Padre em seis paróquias de Caminha, distrito de Viana do Castelo, entre elas, Arga de São João, Arga de Cima e Arga de Baixo, Paulo Emanuel Dias referiu que o sobreiro é uma espécie “simbólica” na serra, sendo que o mosteiro erguido em honra de São João Batista “encontra-se rodeado daquela espécie”.

“Pretende-se um alcance mais vasto considerando os excelentes serviços ambientes que o sobreiro proporciona, nomeadamente na conservação dos solos, na regulação do ciclo da água, na diminuição das emissões de carbono e a conservação da biodiversidade”, especificou.

Isolado em plena serra de Arga, o mosteiro data do século XII e, segundo a classificação do Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (Igespar), é “um dos mais importantes testemunhos medievais da região, não obstante a sua pequenez e simplicidade”. Em 2015, foi alvo de obras de beneficiação orçadas em mais de meio milhão de euros.

A capela que integra o mosteiro terá sido construída no século XIII, pertencendo ao “românico tardio”, e é “simples e decorativamente despojada”.

O mosteiro prepara-se para receber na noite de quarta para quinta-feira milhares de peregrinos que, “movidos pela fé”, sobem a serra para venerar o santo milagreiro, numa romaria secular, considerada das mais típicas em Portugal.

A 800 metros de altitude, os romeiros pedem todos os anos a São João Batista cura para quistos, verrugas, doenças de pele e infertilidade, ou mesmo uma ‘ajudinha’ para arranjarem casamento.

Assim, na próxima semana o templo irá receber milhares de peregrinos, alguns mantêm a tradição de percorrer a pé várias dezenas de quilómetros.

Se uns são movidos pela fé, outros romeiros procuram a festa para ouvir as concertinas, o despique das bandas de música que tocam no adro com pouco mais de 1.300 metros quadrados de área, ou simplesmente para beber “chiripiti”, uma mistura de mel, produzido naquela serra, com aguardente “para espantar o frio”.

Os enchidos, e o arroz doce ajudam a matar a fome numa noite longa numa aldeia onde vivem 70 pessoas, a maioria idosos.

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