Rui Sousa avisa que comunicará à GNR casos de emigrantes que não cumprirem quarentena
22 Março 2020, 13:50
O presidente da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeira garante que vai ser "implacável" com os emigrantes que não cumprirem o isolamento profilático determinado pelas autoridades de saúde por causa da pandemia de Covid-19. Rui Sousa diz que os primeiros emigrantes começaram a chegar na semana passada e, desde então já alertou o posto da GNR para "alguns casos" de incumprimento.
“Na sexta-feira reportei o primeiro caso ao posto da GNR. Hoje reportei outro caso e reportarei todos os casos de incumprimento que detetar. Tenho a população residente assustada. Afinal está a acatar as determinações das autoridades de saúde e olha para o lado, e o vizinho atua como se nada se passasse, colocando em risco a própria vida e a dos outros”, desabafou.
O ex-ciclista que preside àquela União de Freguesias do concelho de Viana do Castelo manifestou-se “indignado e chocado” com o comportamento “irresponsável” de “alguns” emigrantes que começaram a chegar, na semana passada, à terra natal.
“Todos os movimentos que eu detetar e que violem as determinações das autoridades de saúde reportarei à GNR para que sejam aplicadas as sanções previstas no Estado de Emergência. Ponto final. Seja quem for”, reforçou.
Na sexta-feira, a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte determinou isolamento profilático para todos os cidadãos que regressem do estrangeiro, independentemente da nacionalidade e país de origem, para a contenção do risco de contágio da Covid-19.
“Determino com efeitos imediatos, que todos os cidadãos chegados à região de saúde do Norte por fronteira terrestre, aérea ou marítima, provenientes do estrangeiro, independentemente da nacionalidade e do país de origem, permaneçam em isolamento profilático (de quarentena) pelo período de 14 dias a partir da data de entrada em Portugal”, lê-se num despacho assinado pela delegada de saúde regional adjunta do Norte, Graça Alves, e a que a Lusa teve acesso na sexta-feira.
Esta medida insere-se no âmbito da emergência de saúde pública relacionada com a pandemia da Covid-19, refere.
No documento, a responsável sublinhou que esta medida poderá ser alterada em função da evolução epidemiológica da infeção na região Norte.