Tiro de partida da classificação do Tibete português já em fevereiro
20 Janeiro 2016, 10:29
O arranque do processo de classificação da aldeia de Sistelo, considerada o Tibete português, como Paisagem Cultural está agendado para o próximo mês de fevereiro. O anúncio foi feito à Rádio Alto Minho pelo presidente da Câmara de Arcos de Valdevez. O social-democrata João Manuel Esteves adiantou estar marcada para o próximo dia 01 de fevereiro, no Porto, uma reunião com a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN).
O encontro vai “servir para planear a tramitação do processo e definir a equipa técnica responsável pelo ‘dossiê’”.
O autarca social-democrata acrescentou que naquele encontro participarão responsáveis da DRCN, da Câmara de Arcos de Valdevez, e da Junta de Freguesia de Sistelo.
A classificação foi anunciada pela Câmara, em dezembro último, como forma de “preservar e valorizar” a paisagem constituída por socalcos de produção agrícola, “únicos no país”, representativos “da relação que o homem desenvolveu com a natureza e a forma como a moldou”.
A abertura do processo de classificação foi publicada em Diário da República no passado dia 10 de dezembro, “numa iniciativa da autarquia junto da DRCN, que colheu a validação superior da Direção Geral do Património Cultural”.
Aquela aldeia “abrange um alargado espaço de inigualável qualidade ambiental e natural, vizinho do único parque nacional, o Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG)”.
O território é “portador de um notável património etnográfico e histórico, marcado por centenas de anos de ocupação humana que moldaram a paisagem, com destaque para os singulares e excecionais socalcos de produção agrícola, únicos no país, e que valeram já a Sistelo uma outra classificação informal, a de pequeno Tibete português”.