Valença: Ampliação de parque eólico concluída este mês num investimento de 21 milhões de euros
29 Março 2016, 14:58
A Câmara de Valença anunicou hoje que a instalação de oito novos aerogeradores no parque eólico de Valença, num investimento de 21 milhões de euros, termina este mês e vai permitir “duplicar” a capacidade instalada e aumentar a produção de energia daquela infraestrutura.
Os novos aerogeradores estão atualmente em fase de testes”, apontando a conclusão das obras no sub-parque de Picoto-São Silvestre “para finais do corrente mês”.
“Anteriormente com 19 aerogeradores e uma potência total de 38 megawatt (MW), o parque passará a ter uma capacidade adicional de 18,8 MW”, sublinhou o município, que declarou o Reconhecimento de Interesse Público Municipal àquela infraestrutura.
De acordo com a autarquia, com o aumento de capacidade do Parque Eólico do Alto Minho I, em Valença, “a produção anual de energia elétrica irá aumentar cerca de 46,3 gigawatt por hora, o que equivale, segundo dados de 2014 da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a 86% do consumo total de eletricidade de Valença”.
As novas torres eólicas, exploradas pela Ventominho – Energias Renováveis, “foram instaladas em terrenos baldios das freguesias de Boivão, Sanfins e Taião, que beneficiam, assim, de uma receita anual suplementar sem prejuízo da tradicional utilização dos baldios pelos seus compartes”.
“Este projeto traz outros benefícios para a população, como a melhoria das acessibilidades no combate aos incêndios florestais, resultante da beneficiação dos caminhos existentes, e a criação de um roteiro patrimonial, dada a existência de vários vestígios arqueológicos de interesse público, como gravuras rupestres e mamoas, na envolvente do sub-parque de Picoto – São Silvestre”, explicou a autarquia.
Segundo a Câmara de Valença o impacto ambiental daquela ampliação “não coloca em causa a proteção da população do lobo ibérico presente na serra da Boulhosa, devido à interrupção dos trabalhos de construção entre os meses de abril e agosto, e a limitação na circulação de veículos motorizados”.