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Ministro da Solidariedade garante funcionamento de CAO do Cabedelo nos 44 anos da APPACDM

Rádio Alto Minho

13 Maio 2016, 12:58

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Vieria da Silva marcou hoje presença no aniversários dos 44 anos da APPACDM de Viana do Castelo. O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, veio garantir a “manutenção sustentada e tranquila” dos Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) da APPACDM no Cabedelo..

“Nunca esteve em causa que esses dois centros eram necessários por isso é que a Segurança Social tinha contratualizado com a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) a existência desses centros. Houve depois a identificação de problemas que trouxeram confusão e paralisia. Esses problemas estão resolvidos, peno que não vale a pena falar mais do passado”, sustentou Vieira da Silva.

O ministro, que falava aos jornalistas à margem do 44º aniversário daquela instituição, adiantou que “estão reunidas as condições de avançar com a manutenção sustentada, tranquila e sem polémicas dos dois Centros de Atividades Ocupacionais(CAO)”, situados no Cabedelo.

Em causa está um imóvel situado no Cabedelo cedido em 1991, em regime de comodato, pela Segurança Social à APPACDM, para funcionar como centro infantil.

Em 2013, após a celebração de novos acordos entre as partes, foram criados dois CAO abertos desde 2014, atualmente com 31 utentes e 15 funcionários.

Este foi um investimento de cerca de 350 mil euros, suportado pela associação de apoio à deficiência.

No início de agosto de 2015, a APPACDM recebeu um ofício do Instituto da Segurança Social (ISS), a que a agência Lusa teve acesso, que declara a nulidade daqueles protocolos, alegando “não ter competência para decidir o encerramento” do centro infantil, “alterar o fim inicial” a que destinava o imóvel e para homologar as novas áreas, documento que anulou do apoio estatal.

No ofício pede-se ainda, “com a maior brevidade possível, a restituição do imóvel” que “havia sido cedido à instituição por um período de 20 anos”.

O conflito seguiu a via judicial, em setembro de 2015, com as ações a decorrerem no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB), tendo a Câmara Municipal de Viana do Castelo assumido os custos de funcionamento das duas respostas.

Hoje, durante a cerimónia comemorativa dos 44 anos da APPACDM realizada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão Educação, e perante uma plateia cheia de utentes, pais e profissionais da instituição, o ministro Vieira da Silva garantiu de “forma clara” que “o Estado e a Segurança Social, não deixará de honrar todos os compromissos que assumiu com a instituição”.

“Estou absolutamente convicto de que a instituição não deixará de honrar todos compromissos que assumiu com a sociedade, com a comunidade e com o Estado. É, nessa ligação de confiança, que se constrói a capacidade de resolver os problemas. Não posso entender que as instituições públicas questionem a capacidade de uma instituição em dar respostas sociais quando lhe atribuem a responsabilidade de as gerir e a apoiam, financeiramente, durante décadas”, sustentou o ministro.

O presidente da APPACDM, Luiz Costa congratulou-se com a decisão anunciada pelo ministro por “repor a justiça”.

“Pelas palavras do senhor ministro depreende-se que os protocolos serão uma realidade a curto prazo e entramos no normal funcionamento da instituição com a Segurança Social”, frisou.

Para o presidente da Câmara, José Maria Costa, tratou-se de “uma boa notícia, acima de tudo por repor a normalidade institucional entre o Estado e uma instituição de solidariedade social”.

Durante o discurso que proferiu na sessão solene que assinalou os 44 anos da APPACDM, o autarca socialista afirmou que a garantia hoje do Governo, “veio virar uma página da história triste do relacionamento não saudável e não recomendável entre o Estado e as instituições”.

José Maria Costa recordou as dificuldades vividas pela APPACDM em 2015 dizendo ter-se tratado “de algo inconcebível e inédito” em que o diálogo entre as partes “foi feito através dos tribunais e com ações de despejo”.

Acrescentou aquele relacionamento “incompreensível “partiu de quem não se esperava, o Estado, que tentou lançar lama sobre uma instituição com mais de 40 anos a trabalhar na área da deficiência em todo o Alto Minho”.

Com 44 anos de existência, a APPACDM tem espalhados pelo Alto Minho 12 Centros de Atividades Ocupacionais, nove lares, três centros de formação profissional e centro educacional que empregam 320 trabalhadores e dão apoio a cerca de 750 utentes.

 

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