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Associação de Moradores aceita loja de desporto mas rejeita gasolineira na Cova

Rádio Alto Minho

21 Março 2025, 16:30

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A Associação de Moradores da Cova, na Meadela, Viana do Castelo, não está contra a construção de uma loja de desporto na zona do Calvário, mas tem “algumas dificuldades em perceber o intuito” da construção de um posto de abastecimento de combustíveis na envolvente.

Em comunicado publicado na página oficial no Facebook, a Associação de Moradores da Cova, que este ano completa 50 anos de existência, “vê a construção” da loja da Decathlon “com muito bons olhos” porque pode trazer benefícios para todos os associados que utilizam o polidesportivo” da coletividade.

Já quanto à construção do posto de abastecimento de combustível “no espaço paralelo ao da loja da Decathlon”, a associação considera que a freguesia da Meadela tem “várias bombas de gasolina numa proximidade entre um e dois quilómetros”.

 

 

Os moradores acrescentam estar “publicamente contra esta construção, tendo já um número significativo de associados assinado o abaixo-assinado” que circula na freguesia.

“A localidade carece de outro tipo de construções que abasteçam e apoiem de uma forma direta os seus habitantes. Os assuntos de caráter jurídico remetemos para as entidades competentes”, lê-se no documento, assinado pelo presidente da associação.

As construções da superfície comercial e de um posto de abastecimento de combustíveis estão a ser contestadas por moradores daquela freguesia.

Na quinta-feira, em comunicado, mais de 300 moradores do lugar da Cova que já assinaram um abaixo-assinado contra a loja afirmaram que o licenciamento daquela superfície comercial naquela zona “padece de várias incongruências e lacunas”, depois de terem consultado o processo.

Em causa está o licenciamento de construção naquele lugar, ocupado sobretudo por moradias unifamiliares e bi-familiares, de uma loja de material desportivo, com obra já iniciada, e de um posto de abastecimento de combustíveis.

No comunicado, os moradores referem que, além de “várias incongruências e lacunas”, o processo de licenciamento afastou-se “do cumprimento dos normativos ordenadores do território em vigor”.

Entendem que existe “matéria mais que suficiente para evoluir com o caso para as entidades competentes para o efeito”.

Segundo o município, o projeto cumpre o PDM e Plano de Urbanização da Cidade (PUC) de Viana do Castelo.

“No processo de licenciamento, foram tidos em conta a envolvência e o seu enquadramento, foram solicitadas obras de urbanização para integração de todas as infraestruturas (no âmbito da análise da pretensão foi tido em consideração a integração do estabelecimento na envolvente em termo de cércea e alinhamento, foi salvaguardado que a cércea proposta, ao longo da Rua das Oliveiras, não fosse superior ao muro de vedação em pedra existente ao longo desta via) e foram tidos em conta os pareceres dos setores específicos, nomeadamente da mobilidade”, adiantou na segunda-feira a autarquia.

Entretanto, os moradores vão reunir com a vereadora do Planeamento e Gestão Urbanística, Fabíola Oliveira, no dia 3 de abril.

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