Bruno de Carvalho: “Decidi devolver 100 mil euros ao Sporting CP”

Bruno de Carvalho já reagiu depois de a SAD do Sporting CP ter sido constituída arguida no âmbito do processo que levou à realização de buscas por parte da Autoridade Tributária nas instalações da Sociedade Desportiva Leonina, esta quarta-feira.

Num vídeo que publicou na rede social Instagram, Bruno de Carvalho garantiu que não recebeu qualquer salário durante os primeiros seis meses como presidente, dada “a situação verdadeiramente caótica” que encontrou. “Foi uma decisão minha que, pelos vistos, ninguém valorizou“, lamentou.

Depois disso, passou a auferir “60 mil euros líquidos” por ano. “Quando comecei a ouvir falar sobre a destituição, decidi, por livre e espontânea vontade, devolver 100 mil euros“, assegurou. “É preciso ter um amor muito grande ao clube, e não ser um narcisista, para não receber ordenado, para dar o exemplo, e quando se falou em destituição, ainda devolvi dinheiro que era meu“, acrescentou, tendo sublinhado, no entanto, que o montante lhe deveria ser devolvido.

“Estou escandalizado, porque, nunca se esqueçam, foi a primeira vez no meu mandato que o clube e a SAD tiveram saldos positivos, e foi nos anos em que mais investimento fizemos, incluindo modalidades, onde ganhámos todas, menos o futebol, que toda a gente percebeu, sobretudo em 2015/2016“, comunicou.

Bruno de Carvalho informou ainda que não vale a pena pedirem-lhe para voltar ao Sporting CP, dado que foi expulso de sócio.

“Só uma vez, por uma questão de dois dias, é que houve um resultado negativo na SAD. Isto em quase seis anos. E se o Varandas consegue ter os resultados que tem, foi por vender jogadores que eu tinha comprado“, disse ainda o ex-presidente.

De lembrar que a Comissão de Acionistas propõs um aumento dos atuais 182 mil euros brutos que Frederico Varandas aufere para até 240 mil euros brutos por ano. Segundo o Sporting CP divulgou, em 2017, Bruno recebia perto de 180 mil euros brutos anuais.