Em fevereiro de 2018, a autarquia entregou, em ajuste direto, por mais de 73 mil euros, a elaboração do projeto de arquitetura a um gabinete de Lisboa, pelo valor de 73.700 euros e com um prazo de execução 210 dias. Na altura, o executivo municipal justificou a adjudicação daquele serviço com a “ausência de recursos próprios”.
O contrato estabelecido entre o município e o gabinete de arquitetura, celebrado em janeiro de 2018, prevê “serviços de arquitetura, engenharia e levantamento topográfico” do local onde irá nascer o novo mercado municipal da cidade, atualmente ocupado pelo prédio Coutinho.
O projeto inicial do novo mercado municipal foi executado em 2003-2004, ainda durante a liderança do ex-autarca socialista, Defensor Moura.
Em junho de 2016, o atual presidente da Câmara, José Maria Costa, revelou que o projeto tinha de ser reajustado à “realidade atual”, após 19 anos de processos judiciais que travam a desconstrução do edifício com 13 andares, situado no centro histórico da cidade.
“O que o edifício terá de responder às necessidades da cidade e ser um fator de atratividade do centro histórico”, frisou na ocasião José Maria Costa , revelando que “o novo mercado terá duas áreas fortes, uma ligada aos produtos regionais, vinhos, enchidos compotas, e a outra destinada às iguarias do mar, pescado e mariscos”.
Afirmou que o “novo mercado de Viana vai ser conhecido por duas áreas emergentes e de forte atração”, para além “dos espaços de artesanato e de outras atividades tradicionais”.
Explicou que “a área total do novo mercado será de 2.277 metros quadrados, sendo que o espaço de implantação do edifício ronda os 1.845 metros quadrados e 2.970 metros quadrados serão destinados ao estacionamento”.
Na altura, José Maria Costa adiantou que “o projeto inicial previa muitas áreas comerciais e de serviços que hoje, face à evolução que a cidade teve e à dinâmica comercial que sofreu, não são necessárias, havendo outros valores emergentes que têm que ser considerados”.