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Enfermeira diretora da ULSAM envolvida em polémica na vacinação covid-19

Rádio Alto Minho

15 Abril 2025, 10:03

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A enfermeira diretora no conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Maria Dulce da Silva Pinto, nomeada na quinta-feira pelo Governo, esteve em 2021 envolvida numa polémica relacionada com a vacinação contra a covid-19.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira uma resolução em que nomeia a enfermeira diretora Maria Dulce da Silva Pinto como vogal executiva no conselho administração da ULSAM.

Em junho de 2021, a ‘task force’ do plano da vacinação contra a covid-19 participou à Polícia Judiciária e à Inspeção-Geral de Atividades em Saúde (IGAS) um caso de alegada vacinação indevida de utentes no Porto.

Na ocasião, um número indeterminado de pessoas sem os requisitos exigíveis terá recebido vacinas na zona do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Porto Oriental, que tinha como diretora executiva Maria Dulce da Silva Pinto.

O coordenador do plano de vacinação à época, o vice-almirante Gouveia e Melo, pediu também ao responsável máximo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) “para que imediatamente tomasse providências para isto não voltar a acontecer e para se tirarem todas as consequências”.

“Para todos os efeitos, é um ato de indisciplina”, disse então.

Em comunicado remetido à agência Lusa, a estrutura liderada por Gouveia e Melo referia que a situação indiciava “a prática de atos contrários nas normas e instruções em vigor”, adiantando que a ARS-N já tinha solicitado “a abertura de um processo de inquérito para se apurar o sucedido”.

Contactada nessa altura pela Lusa, a ARS-N confirmou a abertura do inquérito, escusando-se a adiantar quaisquer detalhes.

Segundo noticiou na ocasião o Correio da Manhã, Maria Dulce Pinto foi “afastada de funções no processo de vacinação contra a covid-19, após virem a público casos de jovens de 18 anos, vacinados antecipadamente naquela região”.

O jornal adiantava não ter sido a primeira vez que a enfermeira tinha sido afastada de funções. Em 2012, “apresentou um currículo com falsas habilitações, num escândalo com alegadas informações falsas na ARS-Norte”.

Com esta nomeação de Maria Dulce Pinto, o Governo preenche o lugar que se encontrava vago desde fevereiro, aquando da tomada de posse da administração da ULSAM.

O novo conselho de administração foi aprovado em reunião do Conselho de Ministros a 30 de janeiro.

No dia seguinte, após a Lusa ter noticiado que o enfermeiro diretor designado pelo Governo para o novo conselho de administração da ULSAM está a ser alvo de um inquérito interno por assédio sexual em contexto laboral, Luís Garcia colocou o lugar à disposição.

O presidente do conselho de administração da ULSAM é José Manuel de Araújo Cardoso e tem como vogais executivos Maria Helena Leite Ramalho como diretora clínica para a área dos cuidados de saúde hospitalares, António Nelson Gomes Rodrigues como diretor clínico para a área dos cuidados de saúde primários e Lúcia Silva Marinho.

Dos seis lugares do conselho de administração da ULSAM, falta ocupar o que está destinado ao representante dos dez municípios do distrito de Viana do Castelo.

 

C/agência Lusa

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