IUC era para ser, já não é. Medida mais polémica do OE cai por terra

O ministro das Finanças, Fernando Medina, já tinha aberto a porta à possibilidade, e agora confirma-se. Medida que levou milhares de pessoas para a rua em protestos não vai ver a luz do dia.

Com a queda do governo e consequente marcação de eleições, vários meios de comunicação avançaram a forte possibilidade de o aumento do IUC, que afetava sobretudo os proprietários de viaturas anteriores a 2007.

Nas últimas semanas, foram organizados protestos a nível nacional para contestar a medida polémica. Agora, com um. contexto político diferente, o PS decidiu retirar a medida da proposta de Orçamento de Estado, que vai a votos no próximo dia 29 de novembro.

No documento divulgado, o Partido Socialista diz que a recuo surge “por uma questão de justiça social e proteção dos cidadãos com maior vulnerabilidade económica”.

“O veículo ligeiro é em muitos casos ainda a principal forma de deslocação para o trabalho ou para deslocação até ao meio de transporte público mais próximo, principalmente fora das principais cidades do país e em zonas de média e baixa densidade, onde a oferta de transportes públicos é reduzida e desadequada às necessidades diárias de mobilidade. Nestes casos, em que o carro é uma absoluta necessidade, acresce o facto de muito cidadãos não terem meios financeiros para a substituição por um veículo mais recente”, lê-se ainda na proposta.