A petição “Caminha(r) por uma ligação rodoviária no Rio Minho que nos une”, disponível em papel e na plataforma da Assembleia da República, recolheu desde segunda-feira um total de 46 assinaturas, sendo que 42 foram formalizadas ‘online’.
“O objetivo é recolher 4.000 assinaturas com o intuito de levar o tema a debate na Assembleia da República”, justificam os vereadores José Presa, Liliana Silva e Paulo Pereira.
Na nota hoje enviada à imprensa, os três vereadores da Câmara de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, dizem que a construção da nova travessia rodoviária “vem ao encontro de uma ambição antiga da grande parte da população de Caminha, sendo também entendida como uma alavanca para o desenvolvimento socioeconómico da região”.
“As diversas condicionantes resultantes do assoreamento da Foz do Rio Minho, as recorrentes dragagens do canal do ‘ferryboat’ e as restrições existentes no funcionamento deste meio de transporte são entendidas como suficientes para lutar por uma solução eficaz que satisfaça a população local, turistas e empresários”, sustentam.
Os vereadores do PSD defendem que a construção daquela travessia permitiria “revitalizar” a economia local.
“A Galiza é o oitavo maior destino de exportação de Portugal, tornando-o assim no principal cliente português em Espanha. Quase metade das exportações e importações do Alto Minho são efetuadas com Espanha, sendo as referidas trocas comerciais mais intensas do que a média da região Norte e do país”, referem.
O turismo é outros dos argumentos invocados na petição, face “à proximidade geográfica a Espanha” e pelo concelho ser ponto de passagem de peregrinos dos Caminhos de Santiago de Compostela.