Moção de Cláudia Marinho contra pórtico de Neiva aprovada pela Câmara de Viana
16 Janeiro 2019, 22:39
Uma moção apresentada esta quarta-feira pela vereadora da CDU, Cláudia Marinho, que defende a eliminação do pórtico de Neiva da autoestrada A28, foi aprovada por todo o executivo municipal de Viana do Castelo, por proposta do presidente da câmara.
O documento, apresentado , no período antes da ordem do dia da reunião camarária, por proposta do autarca socialista José Maria Costa, foi aprovada por unanimidade pelo executivo municipal e vai agora ser enviada ao ministro do Planeamento e Infraestruturas, Assembleia da República e Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC).
Em causa está o pórtico de Neiva da autoestrada A28, antiga SCUT (Sem Custos para o Utilizador) que liga Viana do Castelo ao Porto, situado à entrada de uma zona industrial da capital do Alto Minho e que é considerado “entrave” à atividade empresarial da região.
A moção sustenta que “o aparelho produtivo das zonas geográficas servidas pelas referidas ex-Scut, que já vivia situações de grande dificuldade”, antes da introdução das portagens, “viu agravadas as suas condições de funcionamento, dado ao acréscimo de custos que tiveram de suportar”.
“Solicitamos a eliminação do pórtico de Neiva, pórtico 4 da A28, entre Neiva e Darque, e apelamos ao Governo que para além de retirar o referido pórtico sejam também retiradas as portagens na A28”, defende o documento.
No final da reunião, em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara referiu que “desde que o pórtico foi colocado que o município se manifestou contra, por penalizar, fortemente, a população, visto que não permite a livre circulação no interior do concelho, sem pagamento de portagens, situação que não acontece em outros concelho servidos pela A28”.
“Estamos continuamente a insistir para que seja revista a localização do pórtico e o valor da portagem cobrada”, sustentou, adiantando que a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho vai apresentar essa proposta ao ministro do Planeamento e Infraestruturas a quem já solicitou uma reunião.
Segundo José Maria Costa, “a proposta tem por base um estudo técnico elaborado pelos municípios, em conjunto com a AEVC, e aponta as situações de desigualdade relativamente a outras regiões do país, por forma a que Pedro Marques possa fazer as retificações necessárias”.