No total, estiveram envolvidos 107 operacionais portugueses e espanhóis, de 16 entidades com responsabilidade em matérias de proteção civil, busca e salvamento em águas de jurisdição marítima.
No final, em declarações aos jornalistas, o capitão do porto e comandante da Polícia Marítima de Caminha, Pedro Costa, fez um balanço “muito positivo” do exercício por permitir a “partilha de experiências entre entidades portuguesas e galegas”.”
“Correu tudo em segurança, ninguém se magoou. Temos de fazer mais exercícios destes”, disse Pedro Costa.
Pedro Costa explicou que após a colisão “o ferryboat ficou sem propulsão, no meio do rio, tendo sido necessário retirar os passageiros da embarcação, resgatar os náufragos”.
“O INEM prestou assistência aos feridos, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou os passageiros estrangeiros, a Segurança Social, articulada com a Proteção Civil de Caminha, assegurou o apoio psicológico. A Polícia Marítima e a Armada espanhola trataram da segurança e salvamento com motas de água, equipas de mergulho, embarcações, entre outros meios”, explicou.
O Comandante Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo, Marco Domingues, disse que o exercício foi um sucesso e que após o treino será feito o “trabalho de casa” para avaliar as questões que “correram bem ou menos bem”.
O comandante operacional nacional de Proteção Civil, Brigadeiro General Duarte da Costa, destacou que entre as “várias finalidades” do exercício, que classificou de “muito positivo” estava a possibilidade de proporcionar “o treino dos operacionais, a cooperação entre esses operacionais, retirar benefícios das relações bilaterais entre Portugal e Espanha e fazer passar uma mensagem de credibilidade do sistema de segurança às populações dos dois lados do rio Minho”.
O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, disse que o teste permitiu preparar situações de emergências, articulando esforços portugueses e espanhóis.
“Hoje demos mais passo para que, se acontecer uma tragédia, estarmos mais preparados”, disse.
Miguel Alves lembrou que o ferryboat, propriedade da Câmara de Caminha, já transportou, desde 2015, 420 mil pessoas dos dois lados do rio Minho.
“Em 2018, 90 mil pessoas fizeram esta travessia. Pode acontecer a qualquer momento uma tragédia e, nós temos de estar preparados para reagir bem e de forma coordenada a essa tragédia”, afirmou o autarca socialista.
Durante o exercício será acionado o ARIEM-112 que dispõe de uma plataforma informática, através da qual são feitos os pedidos de ajuda internacional e acionados os meios inseridos nessa plataforma. O serviço está ainda dotado de um sistema de videoconferência que permite interligar os parceiros das três regiões.
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