Afinal o sexto sentido existe… E não é exclusivo das mulheres
23 Setembro 2016, 10:05
O sexto sentido é comummente associado às mulheres e à sua intuição, aquela capacidade que têm em ‘sentir’ algo mesmo que não saibam o que é ou porque o sentem. Mas o sexto sentido é mais complexo do que essa intuição feminina e não é apenas uma caraterística das mulheres, é um aspeto que existe também nos homens e que, sabe-se agora, está escrito nos genes.
Um recente estudo do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos vem revelar que a perceção ou sensibilidade da posição, posicionamento, deslocamento, equilíbrio, peso e distribuição do próprio corpo – é o sexto sentido que tanto se fala e que está, afinal, presente nos genes das pessoas, embora algumas não consigam ‘despertá-los’.
Para o estudo, revela o site LiveScience, os investigadores norte-americanos analisaram o gene PIEZO2 (já anteriormente associado a esta capacidade de perceber onde está o corpo no espaço) e a forma como atua nas proteínas ‘mecânico-sensíveis’ que determinam a capacidade de sentir. Para tal, recorreram a um grupo de pacientes com ou sem uma mutação rara nesse gene e com problemas articulares e/ou escoliose, que tiveram que realizar uma série de testes de equilíbrio e movimento, alguns deles com os olhos tapados.
Após esta fase de análise, a equipa de investigadores concluiu que as pessoas que possuem uma mutação no gene em questão são “cegas ao toque”, ou seja, “os seus neurónios não são capazes de detetar o toque ou movimentos dos membros”
Para os investigadores, o gene em causa está relacionado com mutações músculo-esqueléticas, podendo, por isso, justificar o facto de as pessoas com a mutação não terem uma perceção real do corpo no espaço, mas conseguirem sentir dor, coceira e temperaturas.