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Entrevista: Foi esta mulher com raízes em Ponte de Lima que “preparou o Éder para marcar”

Celso Carvalhosa

12 Julho 2016, 10:17

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No final do jogo que sagrou Portugal Campeão da Europa de Futebol, Éder dedicou o golo da vitória a Susana, a sua ‘coach’ de alta performance. Esta referência despertou curiosidade sobre quem seria, afinal, a ilustre desconhecida que o jogador tanto valoriza. A Rádio Alto Minho (RAM) descobriu que se trata de Susana Torres de 28 anos, uma ex-bancária, que vive entre Lisboa, de onde é natural, e Ponte de Lima, onde tem família, desde que, há quatro anos, decidiu abandonar a banca para se dedicar ao coaching. A mental coach, treina” a mente de Éder há um ano e meio, descreve-o como uma pessoa “excecional, de quem é impossível não gostar”, e garante que este foi preparado para marcar golos. Afirma, de resto, que todos os clubes deviam apostar num ‘coach’.

O que é que sentiu quando ouviu o Éder dedicar-lhe o golo?

Não ouvi. Ainda não ouvi. Foi o próprio Éder que, no fim do jogo, me veio dar um abraço e disse-me: Dediquei-te o golo. Falei em ti. Cheguei há pouco de Paris e ainda não vi nada.

 

Acompanhou todo o percurso da Seleção Nacional no Campeonato Europeu de Futebol?

Acompanhei, porque acompanho o Éder. Não sou coach da Seleção, sou do Éder, e acabei por estar perto deles desde o início. Trabalho com ele há um ano e meio.

Como é que foi sentindo o percurso de Portugal no Campeonato?

Como disse, foco-me sempre mais na prestação do Éder e no que ele sente, mas indiretamente vivo também as emoções da Seleção e por estar em convívio com as pessoas. A forma como eu vejo o percurso da Seleção? É um percurso limpinho, sem espinhas, como se costuma dizer, bem pensado pelo líder. O Mister Fernando Santo que sabe o que está a fazer desde o início, é uma pessoa altamente focada naquilo que tinha como objetivo para este Europeu. Em algum momento pode ter havido alguma desistência, algum descrédito relativamente ao objetivo que ele estabeleceu logo no início, mas ele, pelo menos ele, foi o único que nunca deixou de acreditar, motivo pelo qual nós chegamos lá.

E o percurso do Éder?

O Éder sabe exatamente qual é o papel dele na Seleção, até pela relação que tem com o Treinador, que lhe explicou isso. Posto isto ele estabeleceu os seus próprios objetivos. Sabia que não iria, nesta fase, ser titular ou jogar no primeiro onze, mas que poderia ser utilizado. Daí que a preparação dele neste Europeu foi estar sempre o mais preparado possível para quando precisassem dele, estar apto e dar a melhor resposta. E, pronto, foi ontem (domingo).

Alguma vez lhe passou pela cabeça que fosse o Éder a trazer a taça para Portugal?

Sim, passou, até porque foi planeado. Nós não conseguimos controlar que o Mister Fernando Santos nos chamasse para entrar em campo, mas acreditamos que isso era muito possível e preparamo-nos para isso. Em ser muito eficaz em termos de resultado e isso faz com que o Éder estivesse extremamente focado em fazer o golo. Aliás ele disse ao treinador que iria marcar e, portanto, a partir do momento em que o comunicou não houve forma de não acontecer. Era uma questão de tempo.

A Susana o que fez foi fazer o Éder acreditar nas suas capacidades?

O meu trabalho tem a ver não tanto com o acreditar, mas ajudar o atleta a descobrir o seu potencial e mantê-lo no nível de alta performance.

Como é ele como pessoa?

É uma pessoa excecional. Quem o conhece sabe ´que é impossível não gostar dele. É um rapaz extremamente educado, com valores e princípios muito fora do comum. Muito inteligente, lê bastante, é incapaz de se zangar com alguém. Para ele está sempre tudo bem, gosta de ver toda a gente feliz à volta. É um excelente membro de equipa. Trabalha muito para a equipa e valoriza muito os outros elementos, o que é uma grande mais-valia para os clubes por onde tem passado. E acredito que hoje seja adorado por toda a gente.

Pelo que se escreve na imprensa, quando o Éder lhe chegou às mãos trazia um certo desânimo. Esteve quase a desistir, não é?

Sim, na altura, quando começamos a trabalhar esse era o ponto. A opinião dos adeptos criou uma ideia (negativa) à volta do jogador, mas a partir do momento em que o Éder retirou a atenção disso e se concentrou nele próprio e nas pessoas que dizem bem, começou a ter resultados.

Sente que a sua profissão é bem compreendida?

Existe alguma falta de informação, mas esta é uma área, não que deve ser trabalhada nos clubes, mas que é obrigatória nos clubes, porque o potencial é muito grande. Já fiz trabalho numa equipa da nossa primeira liga e os resultados são brutais. Lá fora é muito normal haver um coach a trabalhar dentro do clube. Quase todos os clubes em Inglaterra têm. Esta época em Portugal fui eu a única durante um certo período. Acho que os presidentes dos clubes e os treinadores devem pensar nisto, se querem ganhar. Existem muito boas pessoas já a trabalhar nesta área no nosso país.

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