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Sindicato dos Enfermeiros acusa ULSAM de “dever” mais de 280 mil euros de horas a mais

Rádio Alto Minho

17 Novembro 2016, 18:12

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O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou hoje a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) de “dever mais de 280 mil euros” respeitantes a 28.111 horas a mais realizadas pelos enfermeiros integrados naquela estrutura.

Em comunicado, o SEP adiantou que aquelas horas “em dívida” correspondem “a trabalho que deveria estar a ser feito por 200” daqueles profissionais.

“Significam 3.514 dias de descanso roubados aos enfermeiros. Significam uma dívida de 281.110 euros, no mínimo”, sustentou aquela estrutura sindical.

O SEP adiantou que “o conselho de administração da ULSAM justificou o aumento das horas em dívida registada nos últimos cinco meses com a não autorização, por parte do Ministério da Saúde, da admissão de 55 enfermeiros”.

Para o SEP aquela informação “é contraditória com a que é fornecida pelo Ministério da Saúde que diz autorizar todos os pedidos de contratação solicitados pelas instituições”.

O conselho de administração da ULSAM afirmou que “trata destas questões, sempre, com base no superior interesse dos doentes e no plano institucional,  utilizando os mecanismos adequados e de que dispõe”.

A ULSAM integra os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima, além de 13 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente superior a 250 mil pessoas.

Nota hoje enviada à imprensa, o SEP “exigiu a rápida admissão de enfermeiros ou, caso assim não aconteça, o imediato encerramento de serviços naquela Unidade de Saúde, responsabilizando desde já o Ministério da Saúde por esse facto”.

“Exige ainda, que a tutela esclareça as populações do distrito de Viana de Castelo que o encerramento acontece por sua inoperância e ineficácia”, acrescentou.

O SEP garantiu que “continuará a denunciar o escândalo que reveste os milhares de horas a mais efetuadas pelos enfermeiros e que não são pagas”, adiantando que irá agendar um plenário com os enfermeiros que prestam serviço naquela estrutura.

 

 

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