Arquiteto que desenhou Centro Cultural de Viana vai ter guia dos projetos construídos em Portugal

Eduardo Souto Moura, o arquiteto que desenhou o Centro Cultural de Viana do Castelo, situado na frente ribeirinha da cidade, vai ter um guia de todos os projetos que assinou que que foram construídos de norte a sul do país.

O livro “Guia de Arquitetura Eduardo Souto de Moura Projetos Construídos Portugal”, em edição bilingue, vai ser lançado na quinta-feira, em Lisboa, pela A+A Books.

Integrado no conjunto dos edifícios da Praça da Liberdade, que valeram a Viana do Castelo a designação de  “meca da arquitetura”, o Centro Cultural de Viana do Castelo foi inaugurado em julho de 2013 num investimento de 13, 1 milhões de euros. O valor integra os arranjos exteriores, no valor de 1,1 milhões de euros e que contemplaram novos acessos pedonais e rodoviários, uma zona relvada e arbórea, além do prolongamento, para a foz, das escadarias de acesso ao rio Lima e de um aparcamento específico para autocarros e ligeiros”.

O livro, que terá apresentação pela arquiteta Marta Sequeira, autora do texto, permite uma viagem pela obra construída de Eduardo Souto de Moura, apresentando em pequenas fichas de obra o trabalho do arquiteto, um dos nomes mais destacados da arquitetura portuguesa, através do olhar do artista plástico Nuno Cera, convidado a fotografar todas as obras, e inclui ainda fotografias e desenhos de arquivo.

Trata-se do segundo guia da coleção monográfica de “Guias de Arquitetura” da editora A+A Books, depois do lançamento do “Guia de Arquitetura Álvaro Siza. Projetos Construídos Portugal”, e é apresentado sobretudo como um livro de consulta.

Em janeiro, o Vaticano anunciou que o arquiteto Eduardo Souto de Moura será um dos dez convidados para a conceção do primeiro pavilhão do Vaticano, na Bienal de Arquitetura de Veneza, que decorre de 26 de maio a 25 de novembro, com a criação de uma de dez capelas projetadas por arquitetos de diversas partes do mundo.

Nascido em 1952, Eduardo Souto de Moura, vencedor do Prémio Pritzker 2011 – considerado o Prémio Nobel da arquitetura -, assinou, entre outros projetos, o Estádio Municipal de Braga, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.

Em 2016 foi premiado pela X Bienal Ibero-americana de Arquitetura e Urbanismo (BIAU), que decorreu em Madrid, “pelo importante contributo do seu ensino em universidades de diversos países”, e recebeu em 2017 o Piranesi Prix de Rome 2017, um prémio de carreira atribuído pela Academia Adrianea de Arquitetura e Arqueologia Onlus, em Roma.