Investimento de mais 1,8 ME em Caminha concluído no início de 2018
14 Dezembro 2017, 19:54
A Polis Litoral Norte prevê a conclusão, até abril de 2018, de três intervenções de requalificação da costa de Caminha, num investimento superior a 1,8 milhões de euros. A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração daquela sociedade. Pimenta Machado adiantou que a modernização do cais de pesca, localmente conhecido por sais da rua ou cais dos pescadores, será a primeira obra a estar concluída, em janeiro de 2018, num investimento de 780 mil euros.
Para abril do próximo ano está prevista a conclusão obra de alimentação artificial dos sistemas dunares de Camarido e Moledo, orçada em mais de 490 mil euros.
O presidente do conselho de administração da Polis Litoral Norte, que falava a propósito de uma visita, esta sexta-feira, aquelas intervenções, que contara com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, adiantou estar, também, “em curso a construção, nas duas margens do rio Âncora, de um troço da ecovia do Litoral Norte com um quilómetro de extensão, orçada em mais de 300 mil euros e conclusão prevista para fevereiro de 2018”.
Pimenta Machado acrescentou que, “em abril, também estará concluída a obra da ecovia norte de Vila Praia de Âncora, com quase um quilómetro de extensão e de uma ponte sobre o rio Âncora, intervenção orçada em 250 mil euros”.
Em comunicado, hoje, a Câmara de Caminha especificou que a modernização do cais de pesca, integra o projeto de requalificação da marginal do concelho, obra considerada “urgente” e que vai “beneficiar a classe piscatória que há cerca de quatro décadas esperava pela sua concretização, para garantir condições à faina, sobretudo em matéria de segurança”.
“Os trabalhos que estão em execução incluem o aumento da área útil do cais, prolongamento da ponte-cais, reparação e beneficiação da rampa-varadouro e das estruturas para amarração de embarcações, recuperação das escadas para acesso às embarcações, instalação de um novo guincho na rampa e o incremento da capacidade de atracação de barcos”, apontou a autarquia liderada pelo socialista Miguel Alves.
O investimento de 780 mil euros “é cofinanciado em 75% pelo Programa Operacional (PO) Mar 2020 e em 25% pela Docapesca”.
Já a obra de alimentação artificial dos sistemas dunares de Camarido e Moledo, revelou o município, prevê “a proteção e reforço dos cordões dunares daquelas praias, através de dragagens de areias de elevada qualidade retiradas do estuário do rio Minho, e recolocadas naqueles sistemas naturais de defesa costeira”.
“Em simultâneo melhoram, com a estratégica localização dos fundos a dragar, as condições de navegabilidade de embarcações no estuário, o que se revela num contributo muito importante para a atividade da pesca local”, sustentou.
O investimento global é de 490 mil euros, com financiamento de 95% garantido pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) e 5% pela sociedade Polis Litoral Norte.
A sociedade Polis Litoral Norte, constituída, em 2009, entre o Estado e os municípios de Caminha, Viana do Castelo e Esposende, têm como objeto a intervenção numa faixa costeira de 50 quilómetros, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Coura, Âncora, Lima, Neiva e Cávado, numa extensão de aproximadamente trinta quilómetros. A área de intervenção totaliza cerca de cinco mil hectares e integra o Parque Natural Litoral Norte.
A visita àquelas obras, marcada para as 12:00, tem concentração no cais da foz do Minho de onde partirá uma embarcação da Autoridade Marítima Nacional para mostrar as obras em curso na costa daquele concelho.