A pesquisa, prospeção e exploração de lítio marcou, na quarta-feira, a comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, no Parlamento.
João Pedro Matos Fernandes disse que “não existe, neste momento, nenhuma exploração de lítio autorizada”.
Adiantou que “vai ser lançado o concurso para ser feita a prospeção para saber se nessas nove áreas existe ou não existe lítio”.
“Se existir lítio, e se quem ganhar esse concurso quiser passar para a exploração, tem que fazer um estudo de impacte ambiental sobre o projeto”, afirmou.
O ministro do Ambiente, destacou que só pode avançar se, do ponto de vista ambiental, receber ‘luz verde’.
No final da audição, o governante destacou que “Portugal é um país rico num recurso que é absolutamente fundamental para a transição energética que é o lítio”.
“Precisamente para acabar com o que aconteceu no passado, de atomização dessas mesmas explorações, foi definido um plano que encontrou 12 zonas com elevado potencial para a existência de lítio. Dessas 12, três delas ficavam em áreas ambientalmente sensíveis. Por isso, foram retiradas. Neste momento, falamos de nove áreas”, precisou.
Matos Fernandes sublinhou que o Governo não tem “um projeto de fomento mineiro para Portugal, mas de transição energética, para a qual o lítio é essencial”.
Mais, acrescentou, “os concorrentes têm que necessariamente associar um projeto industrial para que maior valor acrescentado fique em Portugal e o lítio seja tratado no país para ter o maior valor acrescentado a partir dessa atividade”.
A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de eletrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas.