O presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira explicou que as propostas das três empresas, ligadas aos sectores de hotelaria e restauração, vão agora “ser analisadas e, posteriormente, submetidas à apreciação do júri do concurso para a elaboração do relatório preliminar”.
As fases seguintes, passam pela realização de “uma audiência prévia, elaboração do relatório final e adjudicação”.
“A expetativa é a de que finalmente possa haver uma solução que valorize e dignifique o Castelo de Cerveira, o ex-libris do nosso concelho. Dando seguimento aos procedimentos necessários e aos prazos estabelecidos, é expectável que o processo possa estar concluído até ao final do ano”, referiu.
O castelo com origens no século XIII, foi mandado construir pelo rei Dom Dinis, e está classificado como monumento nacional. Até finais de 2008 funcionou a pousada com o mesmo nome. Na altura, enquanto Pousada de Portugal, integrava o grupo Pestana, que a encerrou a pretexto de obras de reabilitação.
Desde então, tanto o anterior executivo municipal como o atual têm tentado ultrapassar o impasse, face a várias manifestações de interesse de promotores privados e como forma também de travar o estado de degradação do imóvel.
O primeiro concurso para a concessão do imóvel foi lançado pelo Instituto do Turismo de Portugal, em janeiro, a que concorreram duas empresas, mas acabou “extinto”, por “razões administrativas”.
Em julho avançou nova tentativa, cujo prazo para a apresentação de propostas terminou às 23:59 de 27 de agosto, e a que concorreram três empresas.
“Esperamos que esta notícia seja a preparação da prenda de aniversário dos 700 anos da fundação de Vila Nova de Cerveira, que se assinala a 01 de outubro de 2021”, frisou o autarca Fernando Nogueira.
O imóvel, propriedade da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), é um dos 10 edifícios incluídos no programa Revive para serem concessionados a privados, com o compromisso de que sejam recuperados, reabilitados e acessíveis ao público.