Desporto e impotência masculina : uma solução duradoura?
27 Agosto 2024, 16:09
A prática de atividade física regular é muito importante para vários aspetos da vida humana. Além da aparência física, que é uma das principais motivações para que os portugueses se inscrevam nos ginásios, a prática de desporto pode ter um papel preventivo em doenças cardiovasculares (a principal causa de morte no país), na melhoria do funcionamento orgânico global, incluindo a imunidade, e ainda contribui para o bem-estar psicológico.
Assuntos tabu, como a disfunção erétil, não são tantas vezes mencionados na lista de benefícios das práticas desportivas. Ainda assim, o facto é que este tipo de atividade é importante para a performance sexual de homens e mulheres. Entenda porquê.
Disfunção erétil : o que deve saber
A impotência masculina corresponde a uma patologia conhecida como disfunção erétil. Este problema é mais comum numa idade mais avançada, estimando-se que afete 74% dos homens com mais de 60 anos. Metade dos homens entre os 40 e 49 anos poderá também sofrer com o problema.
Esta situação manifesta-se pela dificuldade de conseguir uma ereção efetiva e/ou duradoura, o que pode dificultar a penetração e prejudicar a relação sexual. A continuidade que usualmente esta condição manifesta pode, desta forma, ser muito prejudicial para o relacionamento e para a autoestima masculina.
Ainda que o problema não seja (ou possa não ser) exclusivamente físico, este também pode advir de outras doenças ou ser provocado por uma cirurgia. Assim, contactar um especialista de saúde para conhecer a causa do problema será o primeiro passo para o seu tratamento.
A atividade física e a impotência
A performance sexual do ser humano está, como sabemos, diretamente relacionada com o corpo e, por isso, não é de espantar que a atividade física tenha um impacto na performance de homens e mulheres no que diz respeito à sua sexualidade.
O desporto ajuda a garantir a vasodilatação, melhorando o fluxo sanguíneo corporal e ajudando os mecanismos relacionados a ereção a ter um melhor funcionamento. Além disso, a metabólica de repouso, como é conhecida, é elevada cerca de 5 vezes em quem treina regularmente.
Contribuindo para a prevenção das doenças cardiovasculares, o exercício também evita que situações como enfartes venham a estar na origem deste tipo de problema, prevenindo indiretamente a impotência masculina.
O facto de estimular a musculatura e de promover a flexibilidade é outro aspeto que justifica os benefícios da prática física no combate à disfunção erétil e na melhoria da partilha sexual entre parceiros, independentemente do seu género.
Especificamente para a disfunção erétil são recomendados exercícios de assoalho pélvico, treino de pernas e core (incluindo pranchas e outros exercícios de estabilidade) e o alongamento lombar. O Pilates é uma boa prática para quem procura melhorar este tipo de patologia.
Além do exercício
Atualmente, existem várias opções para quem sofre de impotência sexual e que podem ajudar na recuperação, para que tenha uma prática sexual mais satisfatória.
Os medicamentos orais são eficazes, mas desaconselhados pelos seus efeitos secundários, principalmente se o homem sofrer de problemas cardíacos, vasculares ou de diabetes.
Uma boa alternativa é o gel eretil, cuja aplicação é cutânea e feita diretamente na glande, estimulando a região peniana e garantindo a ereção.
Resumindo, praticar exercícios físicos que estimulem a região pélvica e o core pode contribuir para melhorar a impotência masculina, existindo ainda alternativas orais e de aplicação tópica que podem ajudar. É sempre recomendado que, antes de optar pela medicação, consulte um especialista.