Fortim da Atalaia, em Cerveira, vai ser classificado como Imóvel de Interesse Público
07 Março 2017, 16:10
O Fortim da Atalaia, em Vila Nova de Cerveira, vai ser Imóvel de Interesse Público, 38 anos depois de iniciado o processo de classificação e após parecer favorável do Ministério da Cultura.
Em comunicado, a Câmara da vila das Artes referiu que com aquele parecer, o Ministério da Cultura, reconheceu “o enorme valor patrimonial daquela estrutura, datada do século XVII, localizada no Alto do Lourido, na União de Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe”.
“Após 38 anos, a autarquia cerveirense recebeu luz verde do Ministério da Cultura para avançar com a finalização do processo de classificação como Imóvel de Interesse Público a totalidade da Atalaia, incluindo a torre, os fossos e estruturas complementares”, sublinhou a Câmara.
Segundo o município, o “projeto de decisão emitido pelo secretário de Estado da Cultura foi enviado para consulta pública, durante 30 dias, após publicação em Diário da República”.
O processo de classificação foi iniciado, em 1979, pela Câmara local, “tendo mesmo sido publicado em Diário da República, contudo, até à última semana, o processo encontrava-se definido como em vias de classificação”.
“A conclusão deste processo é uma valiosa notícia para Cerveira e para os cerveirenses, constituindo-se como uma das formas de conseguir avançar com uma preservação e valorizarão digna e efetiva da Atalaia como merece. Para além de ficar legalmente protegida, abrem-se janelas de oportunidade para recorrer a fontes de financiamento para sua reabilitação”, afirmou o presidente da Câmara, Fernando Nogueira, citado na nota.
Propriedade privada, o fortim da Atalaia “é a mais pequena das fortificações que constituíram o conjunto defensivo de Vila Nova de Cerveira, garantindo a sua participação na defesa do Minho durante as Guerras da Restauração”.
“Por estar localizada num ponto elevado, a Atalaia tinha como grande missão apoiar o Castelo de Cerveira e o Forte de Lovelhe que, pela localização próxima ao rio, eram mais vulneráveis, assim como a missão de vigilância sobre a fronteira, o rio Minho e a estrada de ligação entre Caminha e Valença”, sustentou o município.