A igreja de Arga de Cima, Caminha, foi assaltada e profanada por pessoas que roubaram a caixa da chave do sacrário, em prata , a sagrada custódia da paróquia e causaram vários estragos no templo.
Em comunicado, o pároco local, Paulo Emanuel Martins Dias, revelou que o assalto terá ocorrido, no sábado mas os paroquianos foram confrontados com o assalto ,no domingo de manhã, quando iam embelezar o andor de Nossa Senhora de Fátima para uma procissão.
“Chegaram lá e porta da igreja estava fechada, mas não tinha o canhão da fechadura. Os ladrões estouraram a fechadura, entraram na igreja, e quando foram embora, fecharam a porta novamente, parecendo, ao longe, que nada tinha acontecido”, explicou o pároco que adiantou que o caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária, em colaboração com a GNR.
Arga de Cima, juntamente com Arga de Baixo e Arga de São João, formam uma União de Freguesias, um território de 31 quilómetros quadrados com pouco mais de duas centenas pessoas, sendo que apenas uma dezena são crianças e jovens.
O pároco adiantou que, na sacristia, “arrombaram o armário onde estavam guardadas as alfaias litúrgicas. Roubaram o cálice e a patena, e só não levaram o cálice de Frei Bartolomeu dos Mártires porque se encontra em Braga para recuperação”.
Acrescentou foi ainda levada “a sagrada custódia da paróquia que se encontrava escondida no armário, o turíbulo e a respetiva naveta e furtaram as âmbulas dos santos óleos”.
“Pegaram na caixa da chave do sacrário que era toda em prata e roubaram-na e, com a chave, foram ao sacrário. Aí, arrancaram os véus e espalharam a santíssima reserva eucarística, levando as duas píxides. Desconhecemos se levaram alguma partícula consagrada dentro das píxides, nem o que fariam entretanto com a imagem do senhor”, referiu.
O padre disse que “a sacristia foi toda remexida, a tribuna, o coro da igreja e até no sacrário do altar da Senhora do Rosário, que também tinha a chave guardada na sacristia”.
“Com uma escada abriram o forro do teto da sacristia a ver se havia alguma coisa escondida. Não levaram a cruz paroquial, nem qualquer imagem sacra”, adiantou.
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