Municípios do Alto Minho pedem “estabilidade” na gestão da ULSAM
02 Janeiro 2025, 17:41
A Comunidade Intermunicipal do Alto Minho considera "urgente" garantir a estabilidade na administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM).
Em comunicado, a CIM Alto Minho considera que “lideranças sólidas e consistentes são fundamentais para assegurar a continuidade e a qualidade dos serviços de saúde prestados à população, especialmente em contextos tão sensíveis como o da saúde pública”.
A ministra da Saúde está a proceder a uma série de substituições nas administrações hospitalares e, como a Rádio Alto Minho avançou, a próxima deverá ser a ULS do Alto Minho.
O Presidente do Conselho de Administração, João Porfírio Oliveira, já terá sido convocado para comparecer no Ministério da Saúde, mas ainda não o fez por estar de férias.
Perante estas notícias, a CIM do Alto Minho manifesta “preocupação com a gestão da ULSAM, considerando que a estabilidade nos mandatos das administrações das intuições públicas de saúde é indispensável para garantir a continuidade e a qualidade dos serviços de saúde, essenciais ao bem-estar da população”.
“A gestão de unidades de saúde requer planeamento estratégico, experiência consolidada e um compromisso permanente com a melhoria da saúde pública”, refere.
“A instabilidade nas estruturas de gestão pode acarretar consequências negativas para a efetividade das políticas públicas de saúde, afetando a confiança dos profissionais, dos utentes e a eficiência dos serviços. A este respeito é importante assinalar o papel relevante que a CIM do Alto Minho assumiu na implementação de projetos estruturantes de longo prazo que contribuem para a qualificação dos serviços de saúde, nomeadamente através de um conjunto de intervenções de modernização das instalações dos centros de saúde do Alto Minho que representam, no seu conjunto, um investimento superior a 15 milhões de Euros que os dez Municípios estão a executar com o apoio do PRR”, lê-se na nota enviada às redações.
“Enquanto parceiros estratégicos dos serviços públicos de saúde, a CIM Alto Minho e os Municípios que a integram, defendem que as administrações da ULSAM devem dispor de condições adequadas para implementar as suas estratégias e cumprir os respetivos mandatos. Só assim será possível assegurar a continuidade das ações necessárias para
a evolução e melhoria continua dos cuidados de saúde prestados”, defende.
A terminar, a CIM do Alto Minho apela “a um modelo de gestão pública que valorize a estabilidade nas administrações hospitalares, contribuindo, assim, para uma saúde pública mais eficiente, acessível e de qualidade para todos os cidadãos do Alto Minho”.