PONTE DE LIMA: Verdes estiveram na Lagoa de Bertiandos e alertam para impacto da seca
03 Outubro 2022, 9:00
O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) pedem um investimento mais "concreto" nas áreas protegidas e uma melhor monitorização das áreas face à seca.
Estes ecologistas estiveram de visita à Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, Ponte de Lima, numa iniciativa integrada na celebração do Dia Nacional da Água e organizada pelos coletivos do PEV de Viana do Castelo e de Braga, contou com a presença de dirigentes e amigos do PEV.
Os Verdes viram in loco os recursos hídricos locais, nomeadamente, da qualidade ecológica do rio Estorãos e do estado ecológico desta área protegida, visivelmente alterada pela seca que enfrentamos.
“Espaços classificados e de grande valor natural, precisam de um acompanhamento e investimento mais concreto por parte do Governo”, frisam, considerando que “face aos desafios climáticos, são necessárias medidas para garantir a preservação destas áreas húmidas, pelo papel regulador que desempenham desde logo na manutenção dos níveis freáticos destas importantes áreas próximas de atividades agrícolas, mas também na promoção e conservação dos habitats”.
“A situação de seca meteorológica que vivemos e os desafios climáticos a que assistimos mais frequentemente, colocam em risco a preservação e a conservação da biodiversidade neste importante ecossistema, que conta com uma grande diversidade de fauna e flora”, destacam.
Para o PEV é claro que “o período de seca que vivemos tem vindo a dificultar a sobrevivência das zonas húmidas”, sendo que “mais de três quartos destes habitats em Portugal estão ameaçados”.
“Cabe ao Estado um sério e consequente trabalho de monitorização destas áreas protegidas a nível da fauna, flora e recursos hídricos, assim como o reforço de meios humanos – claramente insuficientes – para vigilância e acompanhamento, e porque é urgente a preservação da biodiversidade impõe-se uma real política de defesa das linhas de água e a reversão do modelo de transferência da gestão das áreas protegidas”, vaticinam.