A especialidade de Ginecologia e Obstetrícia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) vai ter alterações no formato de avaliação nacional, foi hoje anunciado.
“Sendo uma especialidade vanguardista, o Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos fez um interessante “upgrade” passando a apostar na área da simulação, como uma forma de validar a aquisição de competências adquiridas durante a formação, de forma semelhante ao que está previsto realizar-se na avaliação final destes internos a partir de 2025”, adianta a ULSAM em comunicado.
Com a colaboração da Escola de Medicina da Universidade do Minho, que cedeu os modelos de simulação, as médicas internas de formação específica tiveram a oportunidade de treinar a atuação em cenários de simulação.
A Coordenadora do Internato Médico de Ginecologia e Obstetrícia, Vera Trocado, diz que “se pretende, a curto prazo, incluir estes exercícios de simulação na formação contínua dos internos de formação específica, tendo como objetivo oferecer-lhes uma estrutura sólida para atuação em cenário real.”
Já Paula Pinheiro, directora do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, adianta que “o Serviço pretende que a simulação se torne uma realidade, não só aplicável aos internos de formação específica do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia, como aos Médicos Especialistas, pois os países mais desenvolvidos estão a promover este tipo de procedimento, por se ter concluído que nos dias de hoje o recursos a cenários de simulação é fundamental para o desenvolvimento de competências clinicas em eventos críticos raros e/ou complexos”.
Relembra a diretora de Serviço, que em obstetrícia, “a interdisciplinaridade é constante, sendo da maior importância o trabalho de equipa, e serve para exemplificar a necessidade as emergências obstétricas, pois estas são raras, graves, e as oportunidades de treino real são escassas, pelo que é fundamental a formação pratica dos profissionais de saúde, com recurso a simuladores e resolução de cenários clínicos”.
Paula Pinheiro confessa que “o serviço gostaria de avançar com um novo projeto, promovendo esta ação na ULSAM, convidando também a participar os outros profissionais envolvidos, enfermagem, anestesistas, neonatologistas, porque para uma atuação eficaz nestas situações, são necessários não só os conhecimentos teóricos, como as capacidades técnicas e não técnicas, de comunicação e organização do trabalho em equipa. Todos no serviço têm a esperança de ter o apoio da nova Administração, que aposta na investigação e na formação como uma forma de melhorar os cuidados de saúde à nossa população, para dentro em breve poder concretizar este novo desafio”.