Se não forem tomadas medidas urgentes, haverá falta de professores a quase todas as disciplinas em 2030. O alerta é de um estudo da Fundação Belmiro de Azevedo.
Há cada vez mais docentes a chegar à reforma e os que estão a estudar para serem professores não serão suficientes para colmatar as saídas, revela o estudo “Reservas de Professores sob a lupa: antevisão de professores necessários e disponíveis”.
Se em 2021, a falta de professores se sentia apenas no momento em que era preciso substituir quem faltava, em 2031, a situação ganhará escala e será um problema estrutural, conclui a investigação coordenada por Isabel Flores.
“Em 2031, vão faltar 24.000 professores e, desses, cerca de 8.000 a 9.000 são para preencher necessidades permanentes, ou seja, professores necessários para entrar no sistema para substituir os seus colegas que se reformam e cerca de 15.000 a 16.000 seriam para as substituições temporárias”.
O 3º ciclo do ensino básico e o secundário são os níveis onde essa falta mais se fará sentir.
A partir de 2026 o problema vai acentuar-se, com a reserva de professores em risco de se esgotar, sem capacidade para colmatar as baixas ou saídas para a reforma.