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Viana lamenta morte do fotógrafo Gérald Bloncourt, Cidadão de Honra do município

Rádio Alto Minho

30 Outubro 2018, 10:50

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A Câmara de Viana do Castelo lamentou hoje o falecimento, aos 92 anos, do fotógrafo Gérald Bloncourt, galardoado, em 2017,  com o título de Cidadão do Honra do município.O fotógrafo morreu esta segunda-feira. O funeral está previsto para 05 de novembro, a partir das 14:30 locais (menos uma hora em lisboa), no cemitério Père Lachaise, em Paris.

Em comunicado, a autarquia da capital do Alto Minho  sublinhou que Gérald Bloncourt foi o fotógrafo foi responsável pela imortalização da emigração portuguesa em França nos anos 60 e 70, retratou os bairros de lata, conhecido como “bidonville” portugueses, mas também fez imagens da viagem clandestina “a salto” para França.

Em 2016, a Biblioteca Municipal de Viana do Castelo expôs os trabalhos do artista, na exposição “Emigração Portuguesa para França na década de 60”, tendo atribuído ao artista o título de Cidadão de Honra a 20 de janeiro de 2017.

Também em 2016, Gérald Bloncourt foi condecorado com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

As suas fotografias integraram várias exposições em Portugal e França, nomeadamente no Museu Berardo, em Lisboa, em 2008, na mostra intitulada “Por uma vida melhor” e fazem parte dos arquivos da Cité nationale de l’histoire de l’immigration, em Paris, e do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe.

Gérald Bloncourt nasceu em 1926, no Haiti, de onde foi expulso no final da década de 1940 por razões políticas e passou a residir em Paris, onde iniciou uma carreira de fotojornalista que o levou ao encontro dos portugueses nos anos 60 nos bairros de lata dos subúrbios da capital francesa.

Com um arquivo de mais de 200 mil imagens, Bloncourt foi contactado apenas por um punhado de pessoas que se reconheceram nas fotografias, como Maria da Conceição Tina Melhorado, que foi ter com ele 47 anos depois de ter sido fotografada com uma boneca no “bidonville” (bairro de lata) de Saint-Denis, uma imagem que foi o rosto da exposição “Por uma vida melhor”, no Museu Berardo.

A generosidade e o humanismo era uma das suas características e chegou a oferecer um espólio de cerca de 100 imagens ao Museu da Emigração de Fafe.

Gérald Bloncourt era também pintor e poeta, tendo participado na criação do Centro de Arte Haitiana (1944) e publicado vários livros.

 

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